Por que ela não fez nada? Explicando a não reatividade em mulheres estupradas por líderes religiosos
DOI :
https://doi.org/10.36662/revistadocnmp.i10.138Mots-clés :
Violência sexual, Vitimologia, Vítimas de clérigos, Exploração da fé, ConsentimentoRésumé
A violência sexual em contextos religiosos tem sido denunciada de forma mais recorrente, mas subsistem mitos e preconceitos que interferem na prática jurídica e na forma como as vítimas são assistidas, principalmente quando parecem não ter oferecido resistência a seus agressores ou demoram a relatar o estupro. Este artigo foi construído de modo a reunir e discutir dados que demonstrem a legitimidade das dificuldades de reação, sejam imediatas ou tardias, por parte de pessoas abusadas por seus líderes espirituais. São apresentados aspectos contextuais, neurobiológicos, entre outros, que traduzem a vulnerabilidade das fiéis e a improbabilidade de consentirem com o ato sexual nesses cenários. Tais elementos merecem ser cuidadosamente considerados por todos os profissionais que atuam nessa área.
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
© Lícia Nery Fonseca, Liliane Domingos Martins 2022

Ce travail est disponible sous licence Creative Commons Attribution - Pas d'Utilisation Commerciale - Pas de Modification 4.0 International.
Ao submeterem artigos à Revista do Conselho Nacional do Ministério Público, os autores declaram ser titulares dos direitos autorais, respondendo exclusivamente por quaisquer reclamações relacionadas a tais direitos, bem como autorizam a Revista, sem ônus, a publicar os referidos textos em qualquer meio, sem limitações quanto ao prazo, ao território ou qualquer outra, incluindo as plataformas de indexação de periódicos científicos nas quais a Revista venha a ser indexada. A Revista do CNMP fica também autorizada a adequar os textos a seus formatos de publicação e a modificá-los para garantir o respeito à norma culta da língua portuguesa.