Por que ela não fez nada? Explicando a não reatividade em mulheres estupradas por líderes religiosos

Autores/as

  • Lícia Nery Fonseca Ministério Público do Estado de Goiás
  • Liliane Domingos Martins Ministério Público do Estado de Goiás

DOI:

https://doi.org/10.36662/revistadocnmp.i10.138

Palabras clave:

Violência sexual, Vitimologia, Vítimas de clérigos, Exploração da fé, Consentimento

Resumen

A violência sexual em contextos religiosos tem sido denunciada de forma mais recorrente, mas subsistem mitos e preconceitos que interferem na prática jurídica e na forma como as vítimas são assistidas, principalmente quando parecem não ter oferecido resistência a seus agressores ou demoram a relatar o estupro. Este artigo foi construído de modo a reunir e discutir dados que demonstrem a legitimidade das dificuldades de reação, sejam imediatas ou tardias, por parte de pessoas abusadas por seus líderes espirituais. São apresentados aspectos contextuais, neurobiológicos, entre outros, que traduzem a vulnerabilidade das fiéis e a improbabilidade de consentirem com o ato sexual nesses cenários. Tais elementos merecem ser cuidadosamente considerados por todos os profissionais que atuam nessa área.

Biografía del autor/a

Lícia Nery Fonseca, Ministério Público do Estado de Goiás

Especialista em Psicopatologia Clínica - UNIP, Título de Especialista em Psicologia Jurídica pelo CFP, Analista em Psicologia do MP-GO. 

Liliane Domingos Martins, Ministério Público do Estado de Goiás

Doutora em Psicologia - PUC-GO, Especialista em Psicologia Jurídica - PUC - GO, Analista em Psicologia do MP-GO.

Publicado

2022-11-25

Número

Sección

Artigos