Ministério Público Resolutivo e formação inicial dos promotores de justiça
Palavras-chave:
Ministério Público, CorregedoriaResumo
Este trabalho apresenta os resultados da pesquisa desenvolvida em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e o Ministério Público do Paraná (MPPR), sobre o movimento evolutivo das concepções de atuação funcional pelos participantes de IV Curso de Preparação e Aperfeiçoamento, realizado em 2015, destinado ao Ingresso e Vitaliciamento na Carreira do MPPR. Esta pesquisa teve como objetivos dar continuidade à análise quanto à aprendizagem do exercício das funções ministeriais, para o ingresso na carreira do MPPR, dos promotores de Justiça vitaliciandos, participantes do Curso de Preparação e Aperfeiçoamento, iniciado em 2011. Visou, ainda, caracterizar o modo como o vitaliciando se percebe como promotor(a), bem como traçar o perfil conceitual dos vitaliciandos em relação à temática preestabelecida a partir do viés da responsabilidade política e social. Além disso, buscou verificar a possibilidade de tomada de consciência e as reestruturações conceituais, por parte dos vitaliciandos ao longo dos Cursos, com o incremento das estratégias de acompanhamento e possíveis mediações a serem realizadas pela Corregedoria do Ministério Público. Como instrumento de coleta de dados, utilizou-se de questionários com questões abertas e mapas conceituais, além de expressões criativas, para aprofundamento do viés vinculado à metacognição. Essas coletas foram desenvolvidas por meio de intervenções pedagógicas, ao longo dos cursos de 2011 e de 2015, em um trabalho pautado na Teoria de Mudança Conceitual. Tais dados confirmam que há possibilidade de tomada de consciência e reestruturações conceituais das concepções pessoais dos cursistas sobre o Ministério Público resolutivo. Além disso, permite repensar os métodos de avaliação, para que se dê prevalência ao exame qualitativo, e a implementação de programas educacionais vinculados à educação continuada, com conteúdos programáticos que promovam novas formas de atuação dos membros, para o fortalecimento do MP como uma Instituição mais resolutiva e de maior transformação social.
Referências
ALMEIDA. G. A. de. O Ministério Público no Neoconstitucionalismo: perfil
constitucional e alguns fatores de ampliação de sua legitimação social. Disponível em:
<http://www.unifafibe.com.br/revistasonline/arquivos/revistajuridicafafibe/
sumario/5/14042010170607.pdf>. Acesso em 28 set. 2011.
BRASIL. Glossário. Atribuições do Promotor de Justiça. Rio Grande do Sul:
Ministério Público. Disponível em: <http://www.mp.rs.gov.br/imprensa/desc_
palavra.ptr/67.htm>. Acesso em: 29 set. 2011.
CHACÓN, Inés Maria Gómez. Matemática Emocional: afetos na aprendizagem
matemática. Porto Alegre: Artmed, 2003.
GUIMARÃES S. R. K.; STOLTZ T. (Org.). Tomada de consciência e conhecimento
metacognitivo. Curitiba: Editora UFPR, 2008.
HICKMANN, Adolfo; ASINELLI-LUZA, Araci; STOLTZ, Tania. Piaget e Vigotski:
Contribuições para as relações interpessoais no ensino-aprendizagem do século
XXI. Disponível em: <http://pgsskroton.com.br/seer/index.php/ensino/article/
viewFile/2897/2834>. Acesso em: 21 jul. 2016.
MARTINEZ, Miguel M. La Investigación cualitativa etnográfica em educación.
México: Trillas, 1994.
MIZUKAMI, M. das G. N. Aprendizagem da docência: conhecimento específico,
contextos e práticas pedagógicas. Belo Horizonte: Autêntica, 2006. p. 206.
MORAES, Roque; GALIAZZI, Maria do Carmo. Análise textual discursiva. 2. ed.
Ijuí: Ed. Unijuí, 2011. 224 p.
PARANÁ. Resolução nº 2110/2011-PGJ: Ministério Público do Estado do Paraná.
Disponível em: <http://www.ceaf.mppr.mp.br/arquivos/File/Resolucoes/
Res_2110_11_Ingresso_e_Vitaliciamento_Membros.pdf>. Acesso em: 12 mar. 2013.
POSNER, G. J. et al. Accommodation of a scientific conception: toward a theory
of conceptual change. Science Education, New York, v. 66, n. 2, p. 211-227, 1982.
SILVA, Cátia Aida. Promotores de justiça e novas formas de atuação em defesa
de interesses sociais e coletivos. Revista Brasileira de Ciências Sociais, São
Paulo, v. 16, n. 45, p. 127-144, fev. 2001. Disponível em: <http://www.scielo.
br/scielo.php?pid=S0102-69092001000100007&script=sci_arttext>. Acesso
em: 29 out. 2011.
STOLTZ, T. PISKE F.H.R. Vigotsky e a questão do talento e da genialidade. In:
MOREIRA, L. C.; STOLTZ, T. (Org.). Altas Habilidades/superdotação, talento,
dotação e educação. Curitiba, PR: Juruá, 2012.
ZIMER, T. T. B. Aprendendo a ensinar matemática nas séries iniciais do ensino
fundamental. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade
de São Paulo, São Paulo, 2008. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.
pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/conteudo/artigos_teses/MATEMATICA/
Tese_Zimer.pdf>. Acesso em: 10 maio 2010.