Mapeamento participativo de riscos no programa de ergonomia do Ministério Público Militar

estratégia inovadora na articulação de ações de equipes de trabalhadores, saúde e gestão na programação da qualidade de vida no trabalho

Autores

  • Márcio de Moura Pereira
  • Taciana de Melo Alves Costa
  • Luciano Aparício de Almeida
  • Ana Gonçalves de Macedo Santos
  • Rosângela Barros Silva

Palavras-chave:

Corregedoria, Ministério Público

Resumo

O objetivo deste trabalho é relatar o caso de inovação
em intervenção Ergonômica no Ministério Público Militar –
MPM por meio da implantação de um Projeto de Mapeamento
Participativo dos Riscos Ergonômicos (PROERGO-MAP) realizado
dentro dos princípios preconizados pela Ergonomia da Atividade
e pela Psicodinâmica do Trabalho. Visa a produzir, a baixo custo,
um mapa que retrata os principais itens de conforto e desconforto
em relação às condições de trabalho no MPM, abrindo espaços de

discussão nas equipes, para promover a prevenção de doenças
por motivos ergonômicos com a construção coletiva de soluções,
o enfrentamento de problemas em fases iniciais. Nos relatos de
desconforto verificou-se maior prevalência em relação a cinco
dimensões: posição de trabalho, distribuição de pontos de
energia e fiação elétrica, circulação e uso das áreas de trabalho,
conteúdo do trabalho e organização do trabalho. Entretanto, na
análise das 18 dimensões possíveis, verificou-se que o trabalho
no MPM oferece poucas situações de desconforto, de onde se
pode inferir que, do ponto de vista ergonômico, a instituição
possui alicerce para a construção de um ambiente saudável,
produtivo e de baixo risco.

Referências

BARBOSA, L.G. A culpa é sempre da cadeira. Revista CIPA, v. 21, n.

, p. 64-67, 2000.

CARVALHO, A.R.; CARVALHO, R.; PEREIRA, M.M. Drogadição nas

Forças Armadas e a atuação resolutiva e preventiva do Ministério

Público Militar. Revista do Ministério Público Militar, v. 41, n. 26, p.

-50, 2016.

DEJOURS, Christophe. O fator humano. 5 ed. Rio de Janeiro: FGV, 2005.

DINIZ, C.A. A ergonomia como instrumento de transformação das

condições de trabalho. Anais. II Congresso latino americano de

ergonomia. São Paulo: Ministério do Trabalho: 1992.

FACAS, E.P. Protocolo de avaliação dos riscos psicossociais no trabalho

– contribuições da psicodinâmica do trabalho. Tese de Doutorado.

Brasília: UnB, 2013.

FARBER, J.H. Onde estamos errando. Anais. 11° Seminário de

segurança industrial. Bahia: IBP, 1995.

FERREIRA, M. C.; MENDES, A. M. Trabalho e riscos de adoecimento: o

caso dos auditores-fiscais da previdência social brasileira. Brasília:

LPA, 2003.

FERREIRA, M.C. A ergonomia da atividade se interessa pela

qualidade de vida no trabalho? Reflexões empíricas e teóricas.

Cadernos de Psicologia Social do Trabalho, v. 11, n. 1, p. 83-99, 2008.

FERREIRA, M.C. Ergonomia da Atividade aplicada à Qualidade de

Vida no Trabalho: lugar, importância e contribuição da Análise

Ergonômica do Trabalho (AET). Rev. bras. Saúde ocup., v. 40, n. 131,

p. 18-29, 2015.

FERREIRA, M.C.; ALMEIDA C.P.; ANTLOGA C.S.; HOSTENSKY, E. L.;

GONÇALVES, R. M. Diagnósticos em ergonomia no Centro-Oeste

brasileiro. Brasília: UnB, 2012.

FERREIRA, M.C.; BARROS, P.C.R. (In)Compatibilidade Trabalho

Prescrito - Trabalho Real e Vivências de Prazer-Sofrimento dos

Trabalhadores: Um Diálogo entre a Ergonomia da Atividade e a

Psicodinâmica do Trabalho. Revista Alethéia, Ulbra, Canoas, 2003.

FERREIRA, M.C; ALVES, L.; TOSTES, N. Gestão de qualidade de vida

no trabalho (QVT) no serviço público federal: o descompasso entre

os problemas e as práticas gerenciais. Psicologia: Teoria e Pesquisa,

v. 25, n. 3, p. 319-327, 2009.

MALCHAIRE, J. Estratégia SOBANE de gestão de riscos profissionais.

São Leopoldo: SOBANEBRASIL, 2016.

______. The SOBANE risk management strategy and the Déparis method

for the participatory screening of the risks. Louvain-Bélgica: UCL,

MENDES, A.M. Psicanálise, Trabalho e Práticas Clínicas. Conferência.

In: IV Congresso Brasileiro de Psicodinâmica e Clínica do Trabalho,

Manaus, 2015. Anais. Manaus: GEPSAT/CEREST, 2015.

MENDES, A.M.; ARAÚJO, L.K.R. Clínica Psicodinâmica do trabalho: o

sujeito em ação. Curitiba: Juruá, 2012

MERLO, Á.R.C; MENDES, A.M. Perspectivas do uso da psicodinâmica

do trabalho no Brasil: teoria, pesquisa e ação. Cadernos de Psicologia

Social do Trabalho, v. 12, n. 2, pp. 141-156, 2009.

MONTMOLLIN, M. A ergonomia. Lisboa: Instituto Piaget, 1995.

MORAES, R.D. Sofrimento criativo e patogênico. In: VIEIRA,

F.O.; MENDES, A. M.; MERLO, Á.R.C. Dicionário crítico de gestão e

psicodinâmica do trabalho. Curitiba: Juruá, 2013.

MINISTÉRIO DA SAÚDE – MS. Protocolo de Investigação, Diagnóstico,

Tratamento e Prevenção de Lesão por Esforços Repetitivos/Doenças

Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho. Ministério da Saúde,

Secretaria de Políticas de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde,

Ministério do Trabalho – MTB. Portaria MTB n. 3.214, de 8 de junho

de 1978: Norma Regulamentadora n.17. Brasília, MTB, 1978.

PARAGUAY, A.I.B.B. Ergonomia, carga de trabalho, fadiga mental.

Revista brasileira de saúde ocupacional, v. 15, n. 59, p. 39-43, 1987.

WISNER, A. A inteligência no trabalho: textos selecionados de

ergonomia. São Paulo: Ministério do Trabalho e Fundacentro, 1994.

WISNER, A. Por dentro do trabalho: ergonomia: método e técnica.

São Paulo: FTB, 1987

Downloads

Publicado

2025-02-11